ANGÚSTIA DE UM POETA

Abro a porta para a vida

Deixo o sol entrar de mansinho

Para aquecer o coração

Que anda triste, sozinho.

Olho as flores viçosas

Lá fora...uma brisa a balançar

Seus tons primaveris... nas rosas,

Suavizando meu penar.

Quero, suplico que essa angústia

Desista de mim, me deixe poetizar!

Parece chuva que não estia,

Trovoadas a ecoar.

Nos versos que ora escrevo

Busco, rebusco as palavras

Desejos, amores...não me atrevo,

Só restam- me meias palavras.

O quão me angustio

Diante de tal situação,

A vida segue por um fio...

Acabou-se a paz no coração!

Palmira de Oliveira (Mira Olliver)

27/09/21

Mira Olliver
Enviado por Mira Olliver em 27/10/2023
Código do texto: T7917802
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