ANGÚSTIA DE UM POETA
Abro a porta para a vida
Deixo o sol entrar de mansinho
Para aquecer o coração
Que anda triste, sozinho.
Olho as flores viçosas
Lá fora...uma brisa a balançar
Seus tons primaveris... nas rosas,
Suavizando meu penar.
Quero, suplico que essa angústia
Desista de mim, me deixe poetizar!
Parece chuva que não estia,
Trovoadas a ecoar.
Nos versos que ora escrevo
Busco, rebusco as palavras
Desejos, amores...não me atrevo,
Só restam- me meias palavras.
O quão me angustio
Diante de tal situação,
A vida segue por um fio...
Acabou-se a paz no coração!
Palmira de Oliveira (Mira Olliver)
27/09/21