Pela Dor
Descida,
Sem freio,
Ponto morto,
Benguela.
O vento no rosto,
Janelas abertas.
Não vejo paisagem,
É tudo tão rápido,
O tempo acelera,
E o medo invade.
Na frente uma curva,
Não consigo frear,
Atropelo o destino,
Vida a capotar.
Escoriações,
Traumas sofridos,
Arrependimentos,
E o pior,
Podia ter acontecido.
Cicatrizes me marcam,
A dor vem comigo,
A alma floresce,
Em campo de lírios.
E sigo em frente,
Sem ter esquecido,
Redobro o cuidado,
Observo os perigos.
Respeito o tempo,
Que nunca é perdido,
Carrego na mente o trauma,
Pois pela dor,
É que tenho aprendido.