Pela Dor

Descida,

Sem freio,

Ponto morto,

Benguela.

O vento no rosto,

Janelas abertas.

Não vejo paisagem,

É tudo tão rápido,

O tempo acelera,

E o medo invade.

Na frente uma curva,

Não consigo frear,

Atropelo o destino,

Vida a capotar.

Escoriações,

Traumas sofridos,

Arrependimentos,

E o pior,

Podia ter acontecido.

Cicatrizes me marcam,

A dor vem comigo,

A alma floresce,

Em campo de lírios.

E sigo em frente,

Sem ter esquecido,

Redobro o cuidado,

Observo os perigos.

Respeito o tempo,

Que nunca é perdido,

Carrego na mente o trauma,

Pois pela dor,

É que tenho aprendido.

Charles Alexandre
Enviado por Charles Alexandre em 25/10/2023
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