A descoberta da existência

Vim à Terra,

Nem pedi,

Encontrei-me aqui,

Nascer... me erra!

De mansinho, existia

Sem saber que vivia

Presente num mundo...

Acordava, simplicidade,

De sonhos profundos,

Sem pensar ia e corria.

Numa alguma idade,

Ao olhar a fundo,

Notei que logo teria

Mais tempo com a vida

E que o próximo dia

Viria...

(Epifania!)

Tamanha descoberta ali foi feita!

'Cê não sabe o impacto, oh leitor,

Fenômeno mutante e esmagador.

A simplicidade biótica foi desfeita!

Segura essa bomba, química descontrolada.

Dá à luz várias ideias e atiça nossa morte.

Bússola maluca que não aponta para norte.

Evangelho nuclear, feito quântico da jornada!

Metafísica egoísta: meu ponto de vista.

Arquitetura neurótica: minha ciência.

Erro gramatical: inicia-se negligência.

Vida pitoresca: toda arte surrealista!

Recusar-lha, à vida, toda cortesia.

Era vitória militar numa olimpíada,

Era golaço contra, início da ilíada,

Era transforma-la em vasta poesia!

Era o ínico da fluência em um idioma:

Viver, de código digno, hiper e infinito.

De choro supremo, de sorriso nítido,

De nítido choro, de sorriso supremo!

Ha Ha ha Ha, gargalho existencialista!

Dilemas milenares num mero segundo.

Inúmeros meros segundos milenares

São minha vida, quando penso a fundo.

Diógenes Romã
Enviado por Diógenes Romã em 15/10/2023
Reeditado em 19/10/2023
Código do texto: T7909241
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