Tua Flor chora

Floresta, esta flor,

chora pela dor, sorri pelo amor

Vive em melancolia, nasce na alegria

Tem tudo e nada para se apegar

Flor esta, em que suas pétalas são espinhos

Não podem ser moídas em moinhos

Pois desce na garganta e perfura o coração

Em um mundo que gira em engrenagens imundas

Nasce a flor tristonha, oriunda de seu próprio drama que lhe priva de amar

Assim tudo é real, ou será imaginário, há de se agarrar no surreal

Pois não alcança as raízes da vida em amor ao ordinário

Profundo o buraco ao fim do mundo, onde abandona a sua dor

Foram enterradas velhas coisas em velhos túmulos de novo

Alegria aos pequenos gestos, às pequenas gotas de chuva que caem em suas folhas mansas

Flor rosa e vermelha, aquela que viu beleza na vida e neste mundo todo

Esta Floresta, está viva, e se vê feliz ao sua flor sorrir