GERMINAL
“GERMINAL”
(Uma homenagem à Emile Zola)
“Frio, fuligem, frio
Desde cedo trabalhando nesse escuro
E dinheiro não têm, nunca se viu
A fuligem na mina de carvão deixa o corpo negro
E em vão, sonham com dias melhores
Como nadar numa paradisíaca praia no Caribe
Frio…
Não esquentam seus pés
As botas já gastas no solado
São forradas com velhos jornais
No breu da descida
Vão contando as horas para o mísero almoço
Apenas batatas e um naco de pão preto
O sortilégio dessa gente está lançado
Como comer a comida, num prato velho, já azinhavrado
Resta rezar para Deus
E nascer de novo, em outro lar abençoado!”
*Germinal*
By Julio Cesar Mauro
06/10/2022