o que está iluminado nem sempre foi para você
procuro nos poemas
feito um moleque
indo ao final do livro
de álgebra
a fim de descobrir as respostas;
como formigas num mar de sal
lutando entre si,
como moscas num campo de lavanda
morrendo;
e encontro sangue,
e encontro fome,
e encontro desespero,
e encontro um tipo de medo
que reconheço
e não ouso falar a ninguém.
e então me sinto abraçado
por pessoas que nunca me viram,
mas sabiam que esse sentimento
não era único.