CICLOS

Olhar com os olhos cegos do universo.

Sentir energias fluírem incomensuráveis.

Pensar, não para explorar, para integrar.

Agir com as vontades laborais do devir.

Matéria e mente nos alforjes sinéquicos do Ser,

Que ao final do ciclo vivo, vai todo, para o túmulo.

É a noosfera que vem da vida, não o inverso.

Somos próprios da natureza: sem propriedades!

A terceiridade expõe hábitos da natureza,

Motivadas pela primeiridade emanente,

Percebida pela secundidade senciente.

Nas vagas da evolução surfamos ao léu.

Ressonância mórfica acumula sabedorias

Que se aprimoram sem se perder no coletivo.

Passageiros somos, e nosso legado são eidos,

Creados por genes egoístas, que nos perpetuam.

Cesar de Paula
Enviado por Cesar de Paula em 10/09/2023
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