Ninguém é dono de nada
Ninguém é dono de nada,
Por muito tempo.
Ilusão essa que nos engana
Há tanto tempo… tanto tempo…
Procurar alguém para guardar
No bolso como um ser a quem usar,
Procurar sem mágoa de um dia perder
Aquilo que decididos chamamos de nosso.
Ninguém é dono de nada, não vedes?
Que há ainda muito que passar no universo,
E nós, apenas segundos desse cálculo imenso
Pensando e tomando o eterno como possível?
Tão tolos caprichos…
Tão insignificantes desejos…