Sombra Envenenada

Em tempos antigos, quando o sol dourado brilhava,

Caminhavam seres, na sombra, inveja destilava.

Olhares vis voltados, corações enegrecidos,

Traiçoeiras almas, em segredos escondidos.

Como corvos sombrios, suas línguas venenosas,

Semeavam desdém, tramas traiçoeiras e ardilosas.

Em mantos de hipocrisia, suas faces mascaravam,

Enquanto nos bastidores, rancorosos urdiam.

Palavras como flechas, miravam no âmago do ser,

A inveja que os corroía, difícil de esquecer.

Cobiçavam conquistas alheias, em silêncio tramando,

Enquanto as próprias almas na amargura se afogando.

Mas a roda do destino, implacável e sábia, girava,

E as teias de inveja, aos poucos, desvaneciam.

Pois o fogo que queimava em seus corações negros,

Consumia-lhes a paz, em tormentos e desapegos.

Assim, o ciclo nefasto, enfim, encontrava o fim,

E aqueles que invejavam, perdiam-se no abismo sem fim.

Pois a inveja, como veneno, volta-se contra o autor,

E no final sombrio, resta-lhes apenas o próprio torpor.

Que sirva de lição, essa história arcaica e antiga,

A inveja é um fardo pesado, que a alma mutila.

Busquemos paz e aceitação, em vez de maldizer,

Pois a inveja, no final, apenas nos faz perecer.