Retrogusto, Parte II

Você não cabe mais na imagem

E semelhança construída na cabeça

O uso gradualmente era equivocado

Tua volta fascina toda uma vitrine de vícios

Quero sacrificar meu convívio pela última vez

Em uma batalha que insiste em reincidir

O tempo que faz suas ameaças enquanto

Foge silenciosamente do alcance

E tudo que sobra é persegui-lo

O agora encolhe e vira pretérito

O vigor da meia volta

A exaustão predomina

Descobrir que a fome é maior que a vontade

Lhe aniquilará de dentro para fora

Tudo pertence a alguma consequência

Ajoelhado, clama todas as faltas que o tange

Aquele corpo era um céu que olhava de volta

Como nenhum deus o fizera pela primeira vez

Zelará uma determinação mais informal que uma crença

Saboreará uma chuva abaixo dos trópicos e sem pedestal

Olhares bisturis, olhares câmeras

Fotografavam e repartiam closes

Tentando gravar para remodelar

Em uma outra ocasião oportuna

Intersecção: Os ombros turvos

Em forma de ábaco

Atravessando a solidez

Testemunhando o perdão

Um ser que admitira a imprudência

Carregando uma primavera nos ombros

Enquanto cantava, remodelariam seu torso

Satisfeito e convicto, repartiria seu próprio mundo...