Ei! Ainda está aí?
Ei! Ainda estás aí?
Perguntei àqueles, individualmente,
que vivem dentro de mim!
O tempo não se perde
parece que foi ontem
que escrevemos uma dança
sem um tempo que se mede.
Eu andava por aí,
entre encontros e partidas,
com lembranças anexadas,
sonhos que apareciam do nada,
e ideias embaraçadas,
poetizando internas feridas.
Tudo no universo respira poesia
o fluido que passeia por mim,
carrega um pouco de mim,
e deixa um pouco de nós
sem ponto e sem fim.
Ei! Ainda estás aí?
Eu mergulhei fundo na poesia da vida
Eu disse àqueles de mim,
e lá encontrei diversas expressões
das mais silenciosas,
às mais alarmantes, para multidões.
Aqueles cantares ainda ressoam
dentro do meu meditar…
E que saudade que sinto
quando expurgo o sentimento
lembrando como era eu,
quem era nós!
Escrevíamos a mãos unidas
com ideias sobre a vida,
com ideias sobre tudo,
o mundo desenhava,
o que a gente expressava,
que saudade que sinto
de todo esse cantar interno.
Vamos, ainda dá tempo.
Ei! Ainda estás aí?