CABELOS BRANCOS
Francisco de Paula Melo Aguiar
Foi o tempo que pintou.
No entardecer da vida.
Assim vivida é o que restou.
Da mocidade aguerrida.
É o tempo da ilusão frequente.
Ao recordar a mocidade.
Brilhando tal luz aurifulgente.
Na experiência e na capacidade.
Época dos sonhos desfeitos.
O que não passa da vontade.
De fazer novamente os feitos.
E assim recordar a mocidade.
Cabelos brancos como sol.
Não é o caminho do cemitério.
São os sonhos de quimera arrebol.
Que brilham sem mistério.