FAUSTO
Pela luz que ilumina minha face
Pela voz que abençoa meu tempo frenético
Pela vida contemplada pela brecha da janela lateral
Abençoa minha finitude e me faça eterno
Neste curto espaço de tempo
Em que, de mãos atadas, rogo de sede
Rogo por sede, sede de justiça
Abra-me os lábios para com versos de um bardo
Acalmar minha ânsia de crescer
De tocar o teto com os dedos
E com os dedos indicar o caminho
De onde não tornarei...
Abraça-me nas noites qu’eu chorar
Pois estou ciente que não mais o farei...