Toda essa gente

O mundo tá tão chato,

Ideologias viraram moeda corrente,

Política afasta família e amigos,

E todos sabem o que é melhor pra gente.

Conversa se torna algo pesado,

Brincadeiras te transforma em um delinquente,

Cuidado!

Você é observado,

Qualquer ato ou fala,

É processo.

Tratar com ameaças,

Se tornou coerente.

Uma mente coletiva que busca o controle,

Dois lados,

Extremos,

Recrutamento frequente,

De tudo conhecem,

Do nascimento ao luto,

E violência é notícia,

Entre ambos,

É algo sequente.

Me transformo em revolta,

Meu corpo,

Minh'alma,

A mente,

Doente,

Eu sinto a dor,

Me isolo no escuro,

E choro sozinho,

Por não estar ausente,

De tanta doutrina,

Quem ambos os lados,

Desejam pra gente.

A que Deus peço perdão?

São tantos,

Confundem,

A cabeça da gente,

Me afasto,

Me isolou da religião,

O pecado buscando o perdão,

Imploro,

E rezo,

Para minha existência,

Não ser tão incoerente.

A minha visão deturpada,

Não vê a Senhora Esperança,

Que sofre,

E perde a confiança,

Diante de toda essa gente,

Que se prendem a correntes,

Personalidade moldadas,

Cabeças guiadas,

Com identidade,

Viram indigentes.

E eu,

Assim como eles,

Não entendo a submissão,

E tamanha devoção,

Que ambos buscam,

Vejo formas iguais,

Mesmo tão diferentes.

Charles Alexandre
Enviado por Charles Alexandre em 25/07/2023
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