Toda essa gente
O mundo tá tão chato,
Ideologias viraram moeda corrente,
Política afasta família e amigos,
E todos sabem o que é melhor pra gente.
Conversa se torna algo pesado,
Brincadeiras te transforma em um delinquente,
Cuidado!
Você é observado,
Qualquer ato ou fala,
É processo.
Tratar com ameaças,
Se tornou coerente.
Uma mente coletiva que busca o controle,
Dois lados,
Extremos,
Recrutamento frequente,
De tudo conhecem,
Do nascimento ao luto,
E violência é notícia,
Entre ambos,
É algo sequente.
Me transformo em revolta,
Meu corpo,
Minh'alma,
A mente,
Doente,
Eu sinto a dor,
Me isolo no escuro,
E choro sozinho,
Por não estar ausente,
De tanta doutrina,
Quem ambos os lados,
Desejam pra gente.
A que Deus peço perdão?
São tantos,
Confundem,
A cabeça da gente,
Me afasto,
Me isolou da religião,
O pecado buscando o perdão,
Imploro,
E rezo,
Para minha existência,
Não ser tão incoerente.
A minha visão deturpada,
Não vê a Senhora Esperança,
Que sofre,
E perde a confiança,
Diante de toda essa gente,
Que se prendem a correntes,
Personalidade moldadas,
Cabeças guiadas,
Com identidade,
Viram indigentes.
E eu,
Assim como eles,
Não entendo a submissão,
E tamanha devoção,
Que ambos buscam,
Vejo formas iguais,
Mesmo tão diferentes.