EU PARADOXO

Sou humano desumano divino profano

Que felicidade tristeza colho planto

Sou ódio amor fúria calma

Que acalenta adormece desperta a alma.

Sou teoria prática dúvida certeza

Que em anos lembra em instantes esqueça

Sou abismos pontes miragens paisagens

Que é trevas luzes permanentes passagens.

Sou cura doença guerra paz

Que na vida morte sempre faz desfaz

Sou popular erudito certo errado

Que ama odeia é amado é odiado.

Sou nada tudo finito infinito

Que é amigo inimigo do acaso destino

Sou tempo espaço superficial profundo

Que quer queria revolucionar o mundo.

POEMA: ANTONIO GUSTAVO