Friagens invernais
Recordações invernais das sensações deleitosas da neve fria
O tempo e as sensações, os sentidos reclamam e se agitam
Os ventos frios são encorpados, estridentes demais, gritam...
Uivos nos ouvidos que doem trazendo as insanas nostalgias.
O sol acanhado aparece, avermelha a pele, mas não aquece
A geada fria desagrega as mobilizações ágeis e costumeiras
Uma cortina de gelo que inquieta numa manhã prazenteira
Belíssimos tapetes alvos, tecidos na natureza que enrijecem.
Estação surpreendente, muda hábitos, deixa-nos eloquentes
Submersos nas vibrações frias, emerge a luz solar, faz brilhar!
Despertam espectros sombrios e frios, nas tênues cores lilás
Passageira temperatura, tumultua criações, convalescentes...
Aflitos, e não mais receptivos com as tempestuosas rebeldias
Quando bailavam saudavelmente nas duras friagens invernais
Desvairados na plena juventude, cheios de malícias atemporais
Fantasias e sem nenhum medo do frio, nas frenéticas ousadias.
Texto- imagem: Miriam Carmignan