SOU DO INTERIOR
Sou do interior
cresci em meio ao gado
e à plantação
sou a espiga e o grão
que nasceram da terra
e a ela voltarão.
Minha pena é a pá
que cava o chão
e o arado
que faz o sulco
para receber a semente.
Meus versos têm
movimentos de enxada,
gume de foice
e fio de machado.
Têm cheiro de curral
e gosto de terra.