DESPEDIDA INDEFINIDA
É um querer estar distante
Como se permanecesse perto
É um esquivar-se do amante
Como se fosse um ser eterno.
É uma canção recém nascida
Mas, já adoecida pelas distorções
De quem faz por crer a poesia
Ser desnutrida de boas intenções.
É um querer não querendo
Como um saber não sabendo
É um viver mesmo morrendo
No espaço desse efêmero tempo.
É uma despedida bem indefinida
Imponente a ir ultrapassando gerações
Que do que têm em si oculta vestida
Ora é despida por diferentes interrogações.
POEMA: ANTONIO GUSTAVO