Depresso
Enfio minhas garras em mim
Coisas não acontecem
Quero socar meu lobo em demasia
Esquecer a minha poesia
Se tudo que grafo valesse a pena
Eu teria domínio sobre o meu eu
Que liricamente é distorcido
E sofre alucinações
Mas jogo calões fora a fora
Querendo atingir o desdém
Alguém que não me lê
Somente me encanta
Atiro a esmo em minhas fotos
E o ricochete sova a minha cabeça
Que adormece ad aeternum
Sem despacho, sem oferenda