e agora eu estou de volta
a realidade carregada na têmpora
prestes a pintar as paredes com os
sonhos;
o chão frio abraça
até acordar vitorioso
do cruel abandono,
que a dor relembra.
a realidade carregada na boca
prestes a acabar com a ressaca;
o chão frio abraça
mas estou longe
do lar
que tantos falam;
mas estou longe
do eu
que tantos guardam.
a realidade cai dos meus olhos
prestes a refletir minha imagem
finalmente,
sem lembranças,
mas há dor.