COTIDIANO
Corre o dia, ponteiros marcam
Cai a chuva, a terra fertiliza
Enche o rio, segue seu caminho
Retorna o Sol, a vida reestabiliza
Transeuntes no vaivém da lida
Vias e calçadas abarrotadas
Motos, carros, gente desatenta
Ignoram indigentes nas calçadas
Tocam as sirenes, sinal de alerta
Um tumultuar, um corre-corre
Peguem o ladrão! alguém grita
Ouve-se estampido, alguém morre!
Em algum lugar outro cenário
Lacrimejam os olhos de Madalena
Encrudece o coração já combalido
Pelas asperezas e duras penas...
O filho está doente, sem remédio
Faltou o leite , frugal alimentação!
O auxílio família foi insuficiente
Só, é pai e mãe, sem céu, só chão
Do outro lado da cidade,
Maria chora, seu homem partiu.
José padece a sorte do filho, que
Entregue ao vício, de casa sumiu.
Corre a noite, ponteiros marcam
Dorme a cidade, há luar de prata
Completa o ciclo, galo anuncia
Orvalho, manhã, sol da *ribalta".
* Palco da vida.
Corre o dia, ponteiros marcam
Cai a chuva, a terra fertiliza
Enche o rio, segue seu caminho
Retorna o Sol, a vida reestabiliza
Transeuntes no vaivém da lida
Vias e calçadas abarrotadas
Motos, carros, gente desatenta
Ignoram indigentes nas calçadas
Tocam as sirenes, sinal de alerta
Um tumultuar, um corre-corre
Peguem o ladrão! alguém grita
Ouve-se estampido, alguém morre!
Em algum lugar outro cenário
Lacrimejam os olhos de Madalena
Encrudece o coração já combalido
Pelas asperezas e duras penas...
O filho está doente, sem remédio
Faltou o leite , frugal alimentação!
O auxílio família foi insuficiente
Só, é pai e mãe, sem céu, só chão
Do outro lado da cidade,
Maria chora, seu homem partiu.
José padece a sorte do filho, que
Entregue ao vício, de casa sumiu.
Corre a noite, ponteiros marcam
Dorme a cidade, há luar de prata
Completa o ciclo, galo anuncia
Orvalho, manhã, sol da *ribalta".
* Palco da vida.