Ferimos... tão negligentemente
Um dia a gente ganha... noutro, a gente perde...
E está tudo bem.
Buscam-se plausíveis explicações
por perdas que não se entende a razão.
Foi uma palavra não falada?
Foi uma palavra não ouvida?
Foi um palavrão... dito sem pensar... no calor da emoção?
Magoamos tão facilmente!
Machucamos tão descuidadamente!
Sangramos a ferida do outro tão displicentemente.
O arrependimento vem, claro.
Mas aí já perdemos...
Enfim...
Deveríamos, todos, apenas abrir brechas de amor...
Mas somos tão descuidados... somos tão em nós mesmos centrados
Saímos por aí dilatando, sim, abismos de dor.