DESATANDO NÓS...
Maria Luiza Bonini
Desatei cegos nós emaranhados
Que julgava fossem indesatáveis
Por meus secretos medos, tão instáveis
Alicerçados por dores e amores, afoitados
Permaneci a observar, contemplativa
Enquanto o tempo que, então, julgava
Trazer vultos do passado e mais nada
Que, por intrusos, cerceavam minha vida
Apaguei de mim, as pesadas lembranças
Que carreguei sozinha, tal pesado fardo
Ao resgatar meus belos sonhos de criança
Contemplei, ao meu redor, o que de bom havia
Imbuída por uma inabalável vontade de viver
Segui pelos suaves rumos, ditados pela poesia
São Paulo, 06.10.2019