Monstro
Silencioso,
Feroz,
Ocupa a sua mente.
E te devora.
Tão rápido,
Percepção ausente.
Só sente a dor,
Quando é tarde,
Ele já está presente.
O que é na verdade?
Só sabe quem sente.
O levantar é uma luta,
E trabalhar,
Uma sina,
Quer o conforto da cama,
Nada de disciplina.
Essa doença tem cura?
Qual a patologia?
Não há exame que conclua,
Em toda medicina.
Enquanto o monstro consome,
Procuram pela razão,
Uma tristeza profunda,
Encontra abrigo na angústia,
E deseja a escuridão.
Dizem ser traumas de infância,
Ou falta de vitamina,
Alteração em algum gene,
Excesso de proteína.
Também é falta de Deus,
E dependência química,
Inexistência ou exagero de amor,
Ações de toxinas.
A psique se revela,
A mente desequilibra,
Carência de dopamina,
Cortisona não atende,
Ao que o cérebro determina,
Serotonina durante o dia,
A noite,
Over dose de adrenalina,
Drogas são legalizadas,
E as que vendem em esquinas,
Uma busca histérica,
Por essa tal de endorfina.
Indignação vai surgindo,
Enquanto cai a garoa,
Uma revolta que cresce,
Porém é tudo à toa.