O único jeito de obter paz...

É se desfazer de todas as peças

Que tu olha no espelho

E te fazem dizer

"Esse sou eu"

Desvincular de todas as iscas

Para-raios de coisas ruins

Retirar os convites e tudo que

Me torna convidativo

Para o considerado

Não convidativo

Serro galhos

Com frutos embebidos

Do suco do “eu”

Para que ninguém mais

Possa se apropriar de mim

Cansei de ver os corvos

Arrancarem preciosos

Pedaços

Esses percalços

Acompanham todos

Os meus passos

Desliguei o suporte

Da energia que vampiros usam

Para alimentar as lanternas dos seus olhos

Este abuso és fundamental

Para o navegar nas trevas criadas

E cultivadas por eles mesmos

Sem a contínua drenagem

Da minha energia, eles estão livres

E soltos dentro de suas escuras

Misérias

Meu resultado final

Foi uma existência

Cor de baunilha

As pessoas não gostam

De baunilha

Não tem personalidade

Nem essência

Nem destaque

Eu gosto

Não tem atrativos

Não me torna atrativo

E me permite ser

Quem eu quiser

Tecer um novo começo

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 11/06/2023
Código do texto: T7810838
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