Conquista

São tantas regras,

Modelos,

De como viver a vida,

E deve seguir padrões,

Ou coisas parecidas.

São regras,

Cursos,

E métodos,

Dorme e se exercita,

E um esforço constante,

Não deve perder a linha.

O cérebro é estudado,

E doutrinado à conquistas,

A alma é dissecada,

E regras são injetadas,

Mentiras compartilhadas,

E rédeas são inseridas,

Um coletivo de gente,

Que agem por simetria.

Me entristece o esforço,

Que faço pela não vida,

Eu quero fugir para o mato,

Tranquilidade é conquista.

Desejo parar em um bar,

Me traga um copo,

Quero uma dose de pinga,

Cachaça desce rasgando,

E minha dor alivia.

Eu quero rir com amigos,

Contar histórias,

Para esquecer das feridas.

Tomar um banho de rio,

Curtir um fumo de rolo,

Lembrar que sou um caboclo,

Que o sol,

A pele acaricia.

Plantar,

Cuidar da criação,

Colher as minhas conquistas,

Eu faço parte da terra,

Quero fincar os pés nela,

Sentir o pulsar da vida.

E quando ali eu chegar,

Onde a história termina,

A sete palmos,

Do chão,

Lembranças me deixarão,

Não levarei vida em vão,

E a terra retornarei,

E cumprirei a conquista.

Charles Alexandre
Enviado por Charles Alexandre em 07/06/2023
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