Conquista
São tantas regras,
Modelos,
De como viver a vida,
E deve seguir padrões,
Ou coisas parecidas.
São regras,
Cursos,
E métodos,
Dorme e se exercita,
E um esforço constante,
Não deve perder a linha.
O cérebro é estudado,
E doutrinado à conquistas,
A alma é dissecada,
E regras são injetadas,
Mentiras compartilhadas,
E rédeas são inseridas,
Um coletivo de gente,
Que agem por simetria.
Me entristece o esforço,
Que faço pela não vida,
Eu quero fugir para o mato,
Tranquilidade é conquista.
Desejo parar em um bar,
Me traga um copo,
Quero uma dose de pinga,
Cachaça desce rasgando,
E minha dor alivia.
Eu quero rir com amigos,
Contar histórias,
Para esquecer das feridas.
Tomar um banho de rio,
Curtir um fumo de rolo,
Lembrar que sou um caboclo,
Que o sol,
A pele acaricia.
Plantar,
Cuidar da criação,
Colher as minhas conquistas,
Eu faço parte da terra,
Quero fincar os pés nela,
Sentir o pulsar da vida.
E quando ali eu chegar,
Onde a história termina,
A sete palmos,
Do chão,
Lembranças me deixarão,
Não levarei vida em vão,
E a terra retornarei,
E cumprirei a conquista.