Ciclos

Um olhar sério,

A folha seca que cai,

O tempo sorrateiro se esvai,

Numa lágrima intensa do mistério.

O bailado das borboletas que encanta,

Inspira a alma e faz o coração pulsar,

São resquícios da emoção que se planta,

Num pensamento cego a poetizar.

No abrigo seguro e aquecido,

Longe do mal,

Perto do sossego garantido,

Reside o rico manancial.

Em simples versos ao léu,

A imaginação ganha os ares,

Numa doçura com sabor de mel,

Espanta para os confins os males.

Cacos quebrados da memória,

É a nostalgia a nos inundar,

No mar distante da história,

Os ciclos parecem se iniciar.

Daniel Marin RS
Enviado por Daniel Marin RS em 04/06/2023
Código do texto: T7805538
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