Ciclos
Um olhar sério,
A folha seca que cai,
O tempo sorrateiro se esvai,
Numa lágrima intensa do mistério.
O bailado das borboletas que encanta,
Inspira a alma e faz o coração pulsar,
São resquícios da emoção que se planta,
Num pensamento cego a poetizar.
No abrigo seguro e aquecido,
Longe do mal,
Perto do sossego garantido,
Reside o rico manancial.
Em simples versos ao léu,
A imaginação ganha os ares,
Numa doçura com sabor de mel,
Espanta para os confins os males.
Cacos quebrados da memória,
É a nostalgia a nos inundar,
No mar distante da história,
Os ciclos parecem se iniciar.