Minimalismo

Envolvidos em likes de dissimulados elogios

Os narcisos high techs bombardeiam seus

Receptores de dopamina no vício em redes

Sociais que distanciam os vidrados olhos da realidade.

Bocas ávidas que devoram gordurosos fast

Foods que enfraquecem os corpos.

Workaholics em trabalhos sem fim.

A busca sem limites pelo deus dinheiro

Que apequena o caráter, semeia a ganância,

Objeto que deve ser um meio, não um fim em si mesmo.

Vícios que devem ser extirpados,

Torpezas vividas nas grandes cidades.

Tateando equilibrio no caos,

No minimalismo encontro a plenitude,

Nos pequenos gestos, na simplicidade,

Nos prazeres moderados obtenho felicidade.

É tomar um capuchino em casa,

Apreciar o momento, sem pressa, sem ansiedade.

Fazer carinhos e ter cuidados com

A mulher amada, saber de seu dia,

Em toques suaves, expressão do carinho.

Assistir o jogo do Botafogo com o pai,

Na torcida compartilhada, nas taças em mãos.

No assistir programas televisivos com a mãe,

Em cumplicidade e companhia amorosa.

Ter saúde para manter o corpo de pé,

Degustar comida fresca, sabor autêntico.

Um delicioso vinho tinto, uvas líquidas

Num brinde à vida, ao prazer, ao amor.

Viajar para cultivar experiências

Ao invés de acumular capital,

Conhecer culturas, tecer novos horizontes.

Ter tranquilidade em casa,

Um refúgio íntimo, continuo porto seguro.

Valorizar cada instante, apreciar o essencial,

Na busca pelo simples, a plenitude se expande.

Apenas o necessário de bens materiais,

Na simplicidade das vivências, o mundo se desvenda.

Dennis de Oliveira Santos
Enviado por Dennis de Oliveira Santos em 31/05/2023
Reeditado em 31/05/2023
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