Você é a primeira da sua espécie (a não ter cheiro de pesadelos)
Tu não és tão assustadora
Quanto as assombrações
Sempre à espreita nos cantos
Escuros de minha mente
A cauda que alisa minha pele
Não é tão áspera e ardente
Nem ao menos é vermelha como
Os demônios que rodeiam minha existência
Eles fazem cantigas de roda
Em torno da fogueira alimentada
Pela minha sanidade
Ela é tão suave e macia
Quanto cauda de raposa
Canta canções cortantes
Num cantarolar cativante
Minha prévia concepção
Tirava-me o sono
Minha presente concepção, todavia
Auxiliava o meu dormir
Cartazes de monstros
Desenhados e imaginados
São rasgados, queimados
Depredados e castigados
Dão lugar a fotografias
Existências sutilmente capturadas
De raposas gentis
Cor de anís
Cheias de bliss