ACANHADO
O fastio do silêncio
Censura as palavras
Não busco consenso
Só reprimir as falhas
Assaz o pensamento
Se perde na distância
E vagueia pelo tempo
Em busca da bonança
Durante esta ausência
Imaginam o que se passa
Quando esta névoa densa
Aos olhos do todo é nefasta
São momentos de clausura
Todavia não é uma prisão
Mas o lado oculto da lua
Em estado de oclusão
Tem o seu tom de magia
E até som de mistério
A qual a alma cintila
No corpo austero
Faço isto somente por mim
Não para vangloriar o ego
E trilhando meu caminho
É que eu me desapego