Deixe-me no meu poetar
Quando meus pés diminuírem seu ritmo...
cansados estarem e mais devagar andarem...
por favor, não me force, não...
a marcha se mostrará vã...
então caminhar pra quê?
deixe-me tudo empacotar...
andar bem devagar...
Deixe-me quieta...
não tente me forçar no caminho
talvez eu prefira segui-lo sozinho.
És jovem... tens a vida toda pela frente...
eu já tenho anos andados...
sou de séculos passados...
é natural que meus pés estejam cansados.
Deixe-me me aquietar aqui no meu submundo
submerso em meus versos...
esse caminho do poetar...
sim, só ele me fará em frente continuar.
Silenciosamente.
Meio dormente.
Só totalmente.
E
só.