Madrugadas

Na madrugada o sono se perde,

Não quer mais voltar.

A mente Mergulha em um mar de perigo,

Sem saber nadar.

Cobranças à cercam,

Preocupações escondidas,

Querem atacar.

O escuro do quarto,

Não serve de abrigo,

Quer se afugentar.

Não há um abraço,

Uma lágrima corre,

Enxuga o rosto,

Precisa ser forte,

A bússola quebra,

Onde está o norte?

Parece jogado,

Vive a própria sorte,

E às vezes deseja,

O encontro com a morte.

Onde todos te ouvem,

Mas ninguém te escuta,

E a tua revolta,

Te envolve,

Não cura.

Vamos!

Reaja!

Se arme à luta!

E porque a guerra?

Para que a disputa?

O mundo é complicado,

Humano é tão egoístas,

Desejamos o poder,

Controlar gente,

Com figurino altruísta.

Buscamos a liberdade baseada no autoritarismo,

O amor no egoísmo,

A fé,

No radicalismo,

A razão,

Na insensatez,

E no lixo,

Encontramos altivez.

Senhor!

Me perdoa do pecado da existência,

Por ser mal feito,

Imperfeito,

E pelas dúvidas,

Que atormentam a cabeça.

Desculpe pela fraqueza que me faz escrever,

Pela resistência em existir,

Mesmo sabendo,

Que um dia tudo irá se perder.

Amém!

Charles Alexandre
Enviado por Charles Alexandre em 19/05/2023
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