Madrugadas
Na madrugada o sono se perde,
Não quer mais voltar.
A mente Mergulha em um mar de perigo,
Sem saber nadar.
Cobranças à cercam,
Preocupações escondidas,
Querem atacar.
O escuro do quarto,
Não serve de abrigo,
Quer se afugentar.
Não há um abraço,
Uma lágrima corre,
Enxuga o rosto,
Precisa ser forte,
A bússola quebra,
Onde está o norte?
Parece jogado,
Vive a própria sorte,
E às vezes deseja,
O encontro com a morte.
Onde todos te ouvem,
Mas ninguém te escuta,
E a tua revolta,
Te envolve,
Não cura.
Vamos!
Reaja!
Se arme à luta!
E porque a guerra?
Para que a disputa?
O mundo é complicado,
Humano é tão egoístas,
Desejamos o poder,
Controlar gente,
Com figurino altruísta.
Buscamos a liberdade baseada no autoritarismo,
O amor no egoísmo,
A fé,
No radicalismo,
A razão,
Na insensatez,
E no lixo,
Encontramos altivez.
Senhor!
Me perdoa do pecado da existência,
Por ser mal feito,
Imperfeito,
E pelas dúvidas,
Que atormentam a cabeça.
Desculpe pela fraqueza que me faz escrever,
Pela resistência em existir,
Mesmo sabendo,
Que um dia tudo irá se perder.
Amém!