Déjà-vu
Recordes infinitos;
Aliciamento imundo;
Porteiras arriadas;
Sonolência profunda.
Assim vai indo,
Tramitando pelo meio;
Ritmo acelerado:
Insano... desumano.
A luz do fim do túnel,
Já já se apagando;
Marinheiro na proa:
Ferido, sangrando.
Preciso, brutal;
Fútil, trivial:
O leme... a bruma;
Tudo, tudo insano.
Prudente, efêmero;
Movido a vapor.
Inimigo oculto;
Ali, ao redor.
Marcado a ferro:
Achando-se eterno;
Buscando o viés:
De gravata e paletó.
Um mundo vazio;
Limitado ao tempo,
Com pouco talento,
Voraz a tremer.
Com saída nenhuma,
De difícil voltar;
Vivendo do hoje,
Sem planejar.
Furtivo, astuto;
Camuflado de pele:
O tempo da Besta,
O Profeta citou;
O Arcanjo da morte,
Em combate fatal:
Armas em punho,
Flerte, letal.
O Juiz, lá no Trono:
Semblante abatido;
À destra, o Cetro:
E o plano chegado.
Na gleba, a festa;
Tudo a sorrir;
O aviso foi dado:
Prestes a partir.
Na Pedra, o Letreiro,
Tá pouco importando:
E tudo de novo:
O indo voltando.
Rédeas afrouxadas;
Caminhos diversos;
Atentos, perversos:
Ínfimos, debochados.
De olho retrô;
Visão deturpada;
Segue a manada:
Esporte, viril;
Cumprindo a sina;
Plateia, arquibancada:
O rumo, aos ventos,
Triste jornada.