Obra de arte
A arte pura e límpida como um riacho cristalino,
Aflora o sentimento oculto pelo véu espesso da ignorância,
Traz o fantasioso para o mundo dos mortais,
Não se aflige por meros retrocessos banais,
E desperta a massa criativa do ser.
No manancial majestoso da arte,
Bebemos até no esbaldar,
Edificamos fortalezas baluartes,
Em que a razão pede licença para entrar.
Quantificar, definir e afiançar em palavras,
O que seria a arte na sua singela significância,
Causa-nos transtorno, embaraço e periclitância,
Faltam termos que atinjam o cume da manifestação artística.
Mas...
O abalo profundo do íntimo do ser,
É o doce encargo da arte mágica e natural,
De contornos simples, mas impacto sobrenatural,
Onde na simplicidade da sua encenação,
É que verdadeiramente reside a rara sofisticação.