O mais profundo e fino amor
Não quero ser parte dessa estirpe de gênios
Fabulosos e doentes do espírito
Que carregam com certo orgulho
Os próprios vícios e traumas
Às minhas misérias
Não ofereço uma só vírgula de lirismo
Mas antes, as convido
A uma batalha de vida ou morte
Às paixões quero dar
A importância devida
E os prazeres, apenas na medida que sirvam
Para que se trabalhe melhor e com mais criatividade
Os arrependimentos e dificuldades
Quero superar com filosofia
De que tudo se transforma e se desenvolve
Sem qualquer vestígio de cristianismo
Ídolos já não os tenho mais
Entre as personalidades célebres e ilustres
Dificilmente vejo algo além
De um monte colossal de tolices
E o amor
O meu mais profundo e fino amor
E toda dedicação e entrega
À imensidão produtiva
Dos que criam tudo quanto existe
À classe!