Estilo Lispecor
As folhas do calendário voam
Os dias passam diante ao relógio
As estações passam diante a janela
A vida equilibrando-se em uma corda
Ambas as pernas seguem bambas
Enchentes rompem a barragem dos olhos
Cicatrizes se gravam em almas e ossos
Inteiros! Jamais quebrados ou divididos
Antes fragmentados, hoje completos
Encontrou-se após anos perdidos
Encontra-se em todos os passos
Encontra-se em todos os cantos
Sussurros de uma metrópole
O silêncio da cidade assusta
O silêncio da mente conforta
O silêncio do existente mata
O grito do vivente inspira
Antes morto
Hoje vivo
Ambos existiam
Mas nem todos viviam
(Rafael Santos)
Partes do corpo
Metade vivo, metade morto
O que é mais confortante
Zona de perigo ou zona de conforto?
Os gritos dos viventes inspiram
Para alguns incomodam
Os gritos dos mortos desanimam
Não se vê cor, tudo cinza
Só faz frio
Difícil, muitas vezes é ver o sol
Aquela luz do fim do túnel
Às vezes, que tão distante
Passa tempo, passa estação
Para alguns nunca chega o verão
Onde está aquele pedaço
Alguns procuram
Outros nunca acham
Onde estão os parafusos
Caídos
Todos confusos
Alguns tão consciente
Outros quase doente
Equilíbrio
No andarilho
Do caos e desequilíbrio
Cidades cheia
Mas tão vazias
Nem todas
Mas quem sabe um dia
É esperançoso sempre
Esperar pela luz que brilha
(Ashiley Machado)