Desaprumo

Ando cansado de mim,

de minha mesmeci.

A vida dura tanto,

que tento reinventar-me à

cada dia, mas, a essência presente

e que trago presa,

faz-me presa de mim e . . . fico

assim girando em torno de mim . . .

Que porre! Socorre-me, futuro, já

que o presente

parece

comprometido

com essa mesmice do passado . . .

que nem larga

os pés,

nem dá rumo,

restando cambalear, desaprumo.