Prosa Leve

Da prosa leve, como o tempo

Aprecio o ócio, feito à mão

Um café coado, tirado do pé

Saboreio o vento ao inspirar

Degusto cada momento, único

No quintal, esqueço da vida, foi

Ouço as mesmas músicas, sou fã

Já sei a rotina de cor e salteado

O relógio biológico, não falha, avisa

O ronco da barriga, bem cedinho, pontual

Janelas abertas, pra luz entrar, pra casa arejar

A porta escancarada, pros vizinhos saudar

Admiro o mundo, um olhar simples e atento

Reverencio o dia, agradeço os anjos, acolho a noite

Sinto a brisa, a energia ativa que nos une em flor

Não tenho dúvidas das coisas como são, como devem ser

E como quem se perde pelo caminho, finjo não transparecer.

Flavio Marcondes
Enviado por Flavio Marcondes em 01/05/2023
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