Prosa Leve
Da prosa leve, como o tempo
Aprecio o ócio, feito à mão
Um café coado, tirado do pé
Saboreio o vento ao inspirar
Degusto cada momento, único
No quintal, esqueço da vida, foi
Ouço as mesmas músicas, sou fã
Já sei a rotina de cor e salteado
O relógio biológico, não falha, avisa
O ronco da barriga, bem cedinho, pontual
Janelas abertas, pra luz entrar, pra casa arejar
A porta escancarada, pros vizinhos saudar
Admiro o mundo, um olhar simples e atento
Reverencio o dia, agradeço os anjos, acolho a noite
Sinto a brisa, a energia ativa que nos une em flor
Não tenho dúvidas das coisas como são, como devem ser
E como quem se perde pelo caminho, finjo não transparecer.