CLAMOR AO PAI

Pai, "tu sabes quanto me deito

E quando me levanto; de longe

Conheces os meus pensamentos".

Então, dize-me Pai!

De que barro fui feita?

De que modo fui eleita

A ser o que sou?

 

Para que sou?

Para onde vou?

Qual caminho é lícito seguir?

Olho-me criança Pai.

Preciso das Tuas mãos!

Clamo pela Tua voz

Que me dê direção.

 

De que barro fui feita Pai?

Por que as dores do mundo

Doem-me tanto assim?

Meu barro se trinca!

Dele lágrimas vertem.

Em silêncio, penso ouvir-TE

Mas não entendo o que dizes.

 

Pai, de que barro fui feita?

Pai, diz-me para onde devo ir!

Apresenta-me Teus homens Santos.

Santifica-me Pai! Que eu também

Possa ser, barro forte.

Ah, dores do mundo! Pranto!

Pai, permita-me tocar o Teu manto.

 

Assim, serei barro forte. Santo!

Nenhum caminho terá cor da morte.

Tão pouco será pesado demais.

Irei, por uma estrada de luz e flores.

Tocando Harpa. 

Cantando os Salmos. 

Santificada!

 

Amém.