VIDA DE POETA
Já fui menino, um dia
em minha terra, cidade
amena e histórica.
E meu pai me deu
de presente um violão
que comecei a tocar
arranhando uma canção
ou outra. Meu primo
vinha nas férias
da escola lá dele,
e fazíamos juntos uma
canção e outra de
nossa autoria, que
íamos tocar nas mesas
de bares. Nisso fomos
fundadores, pois hoje
é comum ver até moças
tocando e cantando nas
cidades mineiras que são
muitas. Violão e poesia
foi a nossa mineirice
que me vem à memória
enquanto escrevo.
Já não tenho o violão,
mas não perdi o estro
para o verso. Poesia
é do que é feita a vida.