SERENIDADE

Absorta em meus pensamentos

No topo da grandiosa montanha 

Do alto vejo as luzes espalhadas

No silêncio da vaga madrugada.

 

Alheia vejo tudo embaralhado

No instante dolorido da sacada

Um filme clareia à minha mente

São travessias vivas presentes.

 

Meu olhar perdido no silêncio

Medo, solidão da própria vida

Ausência numa noite nebulosa

Quietude, receio da despedida.

 

A lua cheia encanta o horizonte

Serenidade, na face, uma lágrima

A última cena do filme deslumbra

Infinito, o fulgor da alma desponta.