Palavra de Sal e de Pedra
Palavra de sal e de pedra
Tua mão invade a minha casa,
nua
O silêncio e o grito contido
na direção do teu olhar
de mar
molham o suor e o suspiro
Desses rios de águas claras
em que flutuo, de partida,
pra esse infinito aqui dentro
Nada mais importa,
nada mais está em branco
Flutuamos sentados e estamos livres
nesse céu novo, em círculos, de mãos dadas e peito aberto
Vejo estradas de luz cobrindo as sombras, curando feridas
e partidas
As mesmas luzes
que correm pelas águas claras
e em todos os teus poros
e pulsam,
profusas,
profundas
nas tuas veias
naquele mesmo instante