Te Dou as Minhas Mãos

Tento entender as dores do mundo

As cores dos mapas

As curvas dessa estrada escravizada

O cheiro é podre, imundo

E esse mundo, adormecido

Feito de matéria cega e cruel

Onde sigo impotente, estarrecida

Olhos pra dentro do peito

Vida

e essa imensidão

Toda dor, tanto amor

Conflito, escuridão

Porque (re)sisto, sigo, insisto

Fecho os olhos, abro a porta

já é hora.

Cruzo o clarão

Te dou a minha mão.