Rupturas

Não estou aqui às vezes

Passeio à beira de um lago

onde no espelho das águas

trafegam queridos reflexos

Imagens que juro, reconheço

Outras, se ameaço me atirar

querendo abraçar e conter

submergem.

Volto para agora sempre

É o dever que me chama

É o senso um tanto maldito

que me acorda de onde

Me tolhe, recolhe, reduz.

Fugas ainda engendrarei?

Ou será que serei caso perdido

no aconchego que aqui se produz?

Sonhos é fato que adorei?

Ou meu caso é patológico

de repentes, que ruptura induz?