Voz do vento

Perdi a voz da esperança

enquanto perdia tempo,

paira-se na lembrança

e no ar o velho lamento.

Gozei-me na infância

donde brandava o vento,

suspirava uma ânsia

do meu ríspido silêncio.

Finquei na terra que estanca

uma flor no seu tempo,

algo para que lança

crave o sofrer tão lento.

Já não rezo para a santa

nem louvo o meu intento,

solto meu grito que arranca

do ar o antigo movimento.

Reirazinho
Enviado por Reirazinho em 25/04/2023
Reeditado em 27/10/2024
Código do texto: T7772640
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