O Homo Sapiens
Criamos histórias,
Em mentes vazias,
Inventamos a guerra,
Novas ideologias.
Impérios,
Estados,
E deuses surgiram.
Sem ter a presença,
Ou fatos,
Mas no coletivo,
O totem se erguia.
Ausência de um corpo,
A pessoa é jurídica,
Dinheiro na nuvem,
A vontade sacia,
Os deuses no emblema,
Coisas não existiam,
E é protegida,
Essa é a função,
Revolução cognitiva.
Homo sapiens venceu,
Acabamos com tudo,
Matamos outros "homos",
Dominamos o mundo,
Um céu sem limites,
Um mar,
De raso a profundo,
Matas derrubamos,
Erguendo o triunfo.
Aqui nada existe,
O Inimigo é oculto,
Instituições dominam,
Ganância é a meta,
Números obscuros,
Cultiva-se a fome,
E colhe a miséria,
Mata-se por nada,
Buscando tragédias.
O ápice chegou,
É selvageria,
O homo invade escolas,
E leva as crianças,
Destrói famílias,
E onde chegamos?
Onde vamos parar?
Se os sapiens não pensam,
Outra espécie irá dominar?
Voltamos ao início,
E a vida em comunidade,
Teremos que repensar.