Hermenêutica para o meu espírito.

Nesta poesia eu quereria dizer grandes coisas, cunhar versos épicos! Mostrar tudo o que sou numa única folha. Mas por incapacidade e falta de inspiração, me restam poucas opções para finalizar a minha última tentativa de dizer algo que realmente me importa. Talvez, mesmo assim, sem rima, métrica ou formalidade, espero que seja possível que você, leitor ou leitora, me compreendam.

E quando eu falo em compreensão, não me refiro somente a interpretação da mensagem estática desse texto. Não pretendo resumir essa leitura a simples ação de derivar frases das palavras para encontrar significados e sentidos sem vida. Nobres leitores, peço a vocês para irem além! Até o espírito que guia essa minha alma cansada no decorrer do pedaço de vida eternizada nesse percurso escrito. Tentem compreender esse texto como o último suspiro de quem não sabe se ainda terá fôlego para continuar respirando. Esse sou eu nesse momento. E um dia, seremos todos nós, não é?

Eu escrevo hoje pois não sei se poderei escrever amanhã. Mas se eu puder, continuarei escrevendo, até o fim. A minha sentença é dura, mas inevitável! Fui dado como morto ainda em vida. E vivo, permaneço a morrer todos os dias, crendo que algum deles finalmente será o último.

Estou cansado… Viver como morto é pior do que a morte! Com o tempo, o medo se transforma em angústia e a angústia em súplica. O que me salva da loucura é imaginar que um dia vocês vão ler este escrito. E se isso de fato acontecer, espero que pelo menos por um instante, vocês consigam encontrar uma parte do meu espírito entrelaçada nessas palavras.

Me perdoem se me alonguei nas minhas lamentações. Eu sinto muito por não ter nada mais a dizer hoje. Porém, se pela manhã eu acordar, continuarei escrevendo, senão, é isso.