AGORA
Os dias passam lentos
Se arrastam pelas vielas
É o amor que desejou a sombra
É a chuva que não caiu de pirraça e virou lágrima desperdiçada
A síndrome dos aflitos que não falam
Os dias passam ligeiros
As mesmas horas diluídas
É o bem vindo meio eu do futuro procurando as histórias perdidas do meio eu de ontem
O presente racha e une ao mesmo tempo
Cada dia é o mesmo
As mesmas coisas e paisagens
Os mesmos segundos pingando o sangue
O som trovejante ruge amedrontando a dança das horas
A mente está presa no crânio
A alma imune ri disso tudo
Nuvem branca pairando no céu de horas
Regem aulas na escola que nunca deu um diploma
Só mesmo a lição do agora
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