A SAGA DE STANLEY 11/12

A SAGA DE STANLEY XI – 2 set 2022

Com o apoio então de um jornal londrino,

o Daily Telegraph e de seu editor,

conseguiu montar sua nova expedição;

o território que seria o seu destino

sequer figurava nos mapas. Seu teor

incluía apenas manchas brancas na região,

o que a H. Rider Haggard dera a ideia

da localização de sua notável odisseia.

E nem ao menos do grande Lago Victoria,

que de Nyanza também era chamado,

local exato não fora reconhecido,

o Lago Albert desconhecido nessa história,

talvez com o Rio Nilo a estar comunicado,

só do Lago Tanganyika um pouco a ser sabido;

assim de Stanley a segunda expedição

aos Europeus permitiu grande expansão.

Com o novo conhecimento de sua geografia,

várias nações européias se lançaram

de vastos territórios assim a se apropriar,

que até o ano de 1875 sequer se conhecia.

De Zanzibar mais uma vez se prepararam,

um grande equipamento a se juntar;

até Udjiji vários meses Stanley a gastar,

antes que o povoado conseguisse alcançar.

Mas dali em diante, foi maior a dificuldade,

pois encontrou ali tribos de guerreiros,

que tentaram conquistar-lhe o acampamento;

correu o sangue com grande velocidade,

morreu um quarto de seus companheiros,

mortos centenas de atacantes em tal momento,

mas a lição foi suficiente na ocasião,

que os sobreviventes não mais retornarão.

Após cento e quatro dias de marcha penosa,

finalmente o Lago Victoria alcançaram,

que assim fora anteriormente batizado

por Richard Burton em homenagem à gloriosa

rainha, mas com MacQueen ambos afirmaram

que era por numerosos lagos menores formado,

contra o General Speke, que sempre afirmou

ser um imenso lago e tal conceito contestou.

A SAGA DE STANLEY XII – 3 set 2022

Morreu Speke a seguir numa emboscada

e a controvérsia permanecera em aberto,

até que Stanley fez montar a embarcação

que de Zanzibar fora em peças transportada,

mas os Africanos recusavam o alvo incerto,

sem querer das águas enfrentar a extensão,

por superstição ou por simples covardia,

somente onze Stanley embarcar conseguiria!

Durou a travessia, acompanhada a margem

daquele lago realmente gigantesco

sete completas e longas semanas,

embora os guias, por falta de coragem,

afirmassem um destino mais dantesco,

de vários anos a cruzar águas soberanas,

mas finalmente em Uganda eles chegaram

e M’Tesa, dito seu rei,enfim saudaram!...

Seguiu adiante, enfrentou grande tempestade,

quase a morrer de fome após isso se arriscava,

porém do imenso lago desvendou o mistério,

mas outro ainda desafiava a sua vontade:

para onde o tal Rio Lualaba finalmente desaguava?

Stanley levou o problema muito a sério,

será que ao Nilo finalmente conduzia

ou para o Zambeze a leste se desviaria?

Mas quando à região de Ukombo ele chegou,

teve o maior espanto com os nativos,

os mais retrógrados que jamais encontrara,

recobertos de excremento seus corpos contemplou,

enfeitados com crânios, nos membros tinham crivos,

em que ossos de animais alguém cravara,

os quais com grande orgulho ainda ostentavam,

como prova de masculinidade os declaravam!

Os quais, no entanto, a Stanley recusavam

considerar como sendo um ser humano!

Quatrocentos quilômetros foram assim percorridos

e o Rio Lualaba finalmente divisaram,

com mil e quinhentos metros de largo ufano,

mas pelos mercadores árabes sendo dissuadidos:

ninguém voltara daquelas águas terríveis,

por feras percorridas e canibais temíveis!...