e novamente estou às três da manhã rolando na cama e pensando demais
torço para os desastrados
que carregaram corações frágeis
e não souberam o que fazer;
torço para que percebam o que aconteceu,
torço para que percebam o que se perdeu,
torço para que percebam o que não viveu.
torço para os insólitos
que ainda não se descobriram
e caminham feito nômades sociais
aceitando o que se é mais adequado
naquele momento;
para que não se sinta sozinho
diante de tantos que não sabem
o que querem,
diante de tantos que perdem sonhos
perfeitos,
diante de tantos que vivem sem.
torço para ambos que se sentiram rejeitados
em algum e qualquer momento,
e que caíram no frio desespero do esquecimento
cuja visita do amor foi apenas prometida,
e os abraços quentes anunciaram a partida
tal qual as palavras bonitas de uma canção antiga.